Sobre Ela, Pétalas, Nós e o Mundo: Mais sobre Pétalas

Já expliquei no post anterior de onde veio a nossa vontade de melhorar o mundo e prometi escrever sobre qual foi a nossa percepção sobre o a nossa 1ª ação Pétalas.

Aproveitarei para apresentar as Pétalas dessa 1ª flor.

Começarei por mim. Para quem não sabe sou Caroline, Relações Públicas e tenho 27 anos
E o que posso dizer é que o que fizemos foi algo transformador e muito corajoso. Antes de sair para ação pensava "Será que teremos coragem?" "Como as pessoas reagirão?"

Confesso que foi não foi muito fácil, pudemos observar muito da descrença do povo hoje em dia. Alguns não aceitaram nossas flores achando que queríamos vender algo, ou abordá-los para oferecer produtos e até mesmo que éramos de alguma igreja.

Porém a maioria foi receptiva e abriu um grande sorriso quando percebeu que queríamos apenas deixar o dia delas mais feliz.

Sabe de uma coisa? Acredito que o bem maior quem recebeu fomos nós. Pena que algumas pessoas não acreditam que tem gente que quer fazer o bem de graça.

Foi só o começo essa 1ª ação, nos deu gás para fazer muito mais e melhor, tiramos muitas lições disso.

Agora apresento a vocês a visão das nossas outras Pétalas.

Andreza, Administradora de Empresas:

"Como conversamos sábado, as pessoas não acreditam mais que existe alguém que faça algo de graça e sem interesses pra alguém, não acreditam que existem ações para simplesmente ganhar o sorriso de uma pessoa e tornar o dia dessa melhor. No mundo capitalista que vivemos a população acha que queremos vender, fazer propaganda, demonstrar algum produto ou divulgar igreja, sempre com algum cunho econômico. Gostei muito da ação e acho que podemos fazer muito mais, mostrar que queremos distribuir gentileza, sorrisos e amor ao próximo com o interesse apenas de termos um mundo melhor."

Júnia Mara, Geógrafa.

"Quando começamos a entregar as flores eu tive um receio às reações das pessoas e de qual seria a aceitação. Foi possível notar que há uma grande dificuldade em aceitar um simples gesto de entregar algo sem fins lucrativos, sem fazer propaganda, de ter atitudes que fogem um pouco do cotidiano. E que as pessoas que já lidam com artesanato, usufruindo das suas habilidades manuais (hippies) respeitam mais e aceitam, mesmo sem entender o que era aquela ação. Tiveram pessoas que desviaram,e aquelas que olhavam com uma cara de interrogação, outras tinham o olhar curioso, outras ignoravam, respondiam mal, mas em compensação tiveram as que sorriam, sorriam com os olhos. Agradeciam com um simples gesto de cabeça. Algumas pessoas mais ousadas, queriam retribuir de alguma maneira mas não sabiam como, mas mal sabiam essas que só o fato de estenderem a mão e aceitar a flor já estavam me agradecendo, despertando em mim um sentimento de dever cumprido, de energia positiva.."J.M

Maria Clara, Analista de Qualidade.

"Nossa ação de sábado foi muito gratificante pra mim, principalmente no sentido pessoal e tive algumas percepções muito semelhantes com a de vocês.

O trabalho de preparação desse movimento já foi muito importante pra mim, enquanto eu dobrava um pedaço de papel em mil pedacinhos eu preparava também o meu coração para nossa ação. Rompi uma barreira pessoal, que até então era intransponível, a timidez. Para algumas coisas costumo ser mais descolada, mas quando tenho que me expor desse jeito geralmente me fecho. No sábado, fui embora satisfeita pessoalmente porque descobri que posso muito mais e senti muito orgulho de mim. A cada pessoa que sorria para nós eu me enchia mais de confiança, o que me fez continuar e acho que me fortaleceu foram as reações curiosas, as reações de surpresa das pessoas e alguns sorrisos também.

Entre uma reação estranha e outra, acho que fomos crescendo. É engraçado pensar em como as pessoas estão ressabiadas ultimamente, como estão na defensiva. Acho que com toda a correria do cotidiano e com a falta de tempo, as pessoas desaprenderam como receber carinho, algumas são muito pouco receptivas, negaram uma flor que estavam ganhando, ninguém cobrou nada por isso. Desconfio que as pessoas estejam desaprendendo até como sorrir e rir um pouco da vida. Senti que nosso grande objetivo era levar a elas alguma alegria. Então, independente das reações, saí com a sensação de dever cumprido porque fomos com essa proposta e acho que vencemos.

Pode parecer exagero, mas depois de sábado eu sinto que confio muito mais em mim. Sinto que confio muito mais nos nossos objetivos e tenho que agradecer por terem me ajudado a crescer. Sinto gratidão também por todas as pessoas que disseram não ao receberem as flores, tive medo do não delas, mas no final isso me motivou muito a continuar ali e só ir embora depois de entregar todas aquelas flores."

Clarissa, Pedagoga.
"É muito bom fazer gentilezas, ser solidário, querer um mundo melhor, mas desde que no seu dia a dia você aja assim também. Convivemos com pessoas diariamente e temos aquelas que escolhemos e guardamos em nosso coração pra sempre. Não adianta pregar que gentileza gera gentileza, que temos que viver num mundo melhor se nas nossas relações cotidianas, interpessoais não somos assim. Antes de mais nada, temos que pensar na nossa convivência, nas pessoas próximas e que amamos. E se queremos isso para o resto do mundo e queremos ver pessoas que nem conhecemos felizes, temos que antes de mais nada, querer ver feliz quem amamos, ver feliz pessoas próximas, querer o bem de quem amamos, querer o bem de quem está ali do seu lado diariamente ou até mesmo quem vemos de vez em quando, mas que guardamos profundamente no nosso coração!
Fazer o bem ao outro com certeza faz bem para nós também e não importa se o conhecemos ou não. Mas se temos e escolhemos aqueles que mais amamos em nossa vida, temos que fazer o bem e querer o bem primeiramente deles."

Bruna, Universitária.

Não pode participar, pois está morando em outra cidade, mas acompanhou cada detalhe e estava conosco no coração.

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